82% dos brasileiros costumam jogar em smartphones
- War Meteor
- 23 de jul. de 2018
- 5 min de leitura

Pesquisa encomendada pelo PayPal à SuperData revelou também que a maioria deles (34%) prefere os smartphones. Cerca de 44% dos entrevistados baixaram até três jogos completos no primeiro trimestre deste ano em sua plataforma preferida; e 23% gastaram até R$ 39 em compras de games online no mesmo período. PayPal é a forma de pagamento mais citada.
O universo online está migrando para o smartphone. O aparelho, principal meio de acesso à internet para mais de 92% dos brasileiros (segundo dados do IBGE) vem se tornando, a cada estação, o controle remoto do mundo.
E essa tendência vem sendo observada também no ambiente dos aficionados por games – teoricamente, amantes de telas grandes e de ultra fidelidade. A questão, de acordo com os resultados da mais recente pesquisa da SuperData (feita sob encomenda do PayPal), é que o mercado entendeu a necessidade de estar ao alcance dos usuários 24 horas por dia. E só há uma maneira de fazer isso: estar disponível, online, na palma da mão.
Faz sentido. Principalmente se levarmos em consideração um outro estudo recente, este da Newzoo, segundo o qual a indústria de games deve ter receita mundial de US$ 137,9 bilhões em 2018, com 51% desse valor, ou cerca de US$ 70,3 bilhões, provenientes de dispositivos móveis. Isso demonstra bem a força das telinhas e o quanto elas cativam homens e mulheres de todas as idades em qualquer latitude.
Entre as descobertas da SuperData nesta pesquisa global para o PayPal, destaque para os 82% dos brasileiros que jogam games via smartphone – sendo que 44% deles baixaram até 3 jogos completos em seu dispositivo mobile no primeiro trimestre do ano.
Para tabular o estudo, a SuperData ouviu consumidores em 25 países(*), incluindo o Brasil, para entender as razões e os hábitos de compras de games no ambiente online. Os highlights do mercado nacional você confere abaixo:
Novidades
A plataforma mais acessada pelos gamers brasileiros para comprar jogos de celular é o Google Play, com 63% (o que faz bastante sentido, já que o sistema operacional Android está presente em mais de 85% dos aparelhos brasileiros, segundo números da Gartner). Com 15%, Apple Store; e com cerca de 13%, Samsung Galaxy Apps.
Já no setor de games para PC mais populares, a liderança é da plataforma Steam, com 24%, seguida de perto por Amazon (21%) e Microsoft Store (20%). Com cerca de 10%, League of Legends; e, um pouco mais abaixo, Origin (9%).
As plataformas de console de game mais populares no Brasil, segundo a Superdata, são Xbox (29%), PlayStation (26%), Amazon/Twitch (21%) e Nintendo Store (7%). Porém, quando questionados sobre as marcas relacionadas a games das quais são fãs, o ranking se altera: 65% citam PlayStation; 52%, Nintendo; e 51%, Xbox.
Na hora de pagar pelo conteúdo baixado, 34% dos brasileiros pesquisados preferem cartão de crédito; 19% usam PayPal; 13% citaram boleto bancário; e outros 10% preferem cartões de débito de maneira geral.
O PayPal é a forma de pagamento preferida de 43% dos gamers quando compram ou vendem itens relacionados a games uns para os outros. Moedas virtuais foram citadas por 20% dos entrevistados; outros 20% preferem cartão de crédito; e 19% pagam via boleto bancário.
A SuperData percebeu também que 52% dos consumidores de games no Brasil são mais propensos a criar uma conta em plataformas de jogos usando um método de pagamento com o qual já estão familiarizados. Nesse quesito, a média global é de 44%.
Ainda nesta questão, 57% dos jogadores entre 18 e 34 anos preferem criar contas com uma opção de pagamento com a qual estão familiarizados. Na faixa dos 35 anos em diante, esse índice é de 42%. Cerca de 16% dos jogadores no Brasil não adicionam opções de pagamento a contas recém-criadas em um serviço de jogos, 12% a menos que a média da América Latina.
Um número especialmente interessante sobre o mercado brasileiro é que, no primeiro trimestre do ano, 41% dos consumidores nacionais de games deixaram de comprar jogos de pelo menos uma plataforma – a média mundial é de 33%.
O que leva um gamer a parar de comprar em uma plataforma? Para 49%, a descoberta de melhores preços em outra plataforma. Outros 28% citam a ausência, na plataforma, de games de interesse; 17% dizem trocar de plataforma quando encontram uma mais fácil de usar; e 13% são influenciados pelos amigos, geralmente porque passaram a usar outra plataforma.
A SuperData quis saber também quais os principais problemas enfrentados pelos gamers na hora de comprar online. E a boa notícia é que 73% dos pesquisados disseram não ter experimentado dificuldades em relação a isso no primeiro trimestre do ano. Já para 11%, o processo de checkout foi muito longo; 6% tiveram de trocar o método de pagamento durante a operação; e 5% citaram o fato de a plataforma não aceitar o método de pagamento que eles gostariam de usar. Cerca de 4% estavam com seus cartões de crédito expirados no período; e outros 4% não conseguiram comprar na moeda aceita pela plataforma.
Indo mais fundo nesse quesito, 35% dos pesquisados admitem que podem repensar uma compra online de game caso o processo de compra seja muito demorado; e 27%, se o checkout se mostrar muito complexo. Outros 24% se sentem inseguros/desconfortáveis se tiverem de inserir dados pessoais ou financeiros na plataforma.
Nos últimos 12 meses, 36% dos brasileiros enfrentaram o processo de compra de game online até o fim; 25% desistiram na hora de selecionar um método de pagamento; e 17%, quando tiveram de preencher as informações do cartão de crédito ou de débito.
Questionados sobre quem costuma influenciar a decisão de compra ou download de um game, os entrevistados citaram, primeiramente, a família e os amigos (56%). Na sequência vêm influenciadores que atuam em plataformas de vídeo como o YouTube (46%); indicações em fóruns de discussão de jogos (34%); e conhecidos das redes sociais (30%).
Já em relação à pirataria, 42% dos entrevistados disseram ser inaceitável; 28% entendem que ela é lesiva aos desenvolvedores de games; e 24% acham a pirataria tolerável “se o game for muito caro”.
No primeiro trimestre do ano, 63,5% dos pesquisados disseram ter feito download legal de games; e 36,5% admitiram ter feito downloads piratas. Os principais motivos para a pirataria? Acesso mais fácil aos games (71%), preços mais baixos (67%) e dificuldade de encontrar games raros em sites legais (52%).
Citação
“O Brasil, por ser o maior mercado de consumo de games da América Latina, é um excelente exemplo de como a tendência de mobile only está no horizonte das empresas de tecnologia. Por isso, o PayPal investe intensamente em segurança antifraude e na facilidade/comodidade de uso de sua plataforma de pagamentos. O que percebemos pelos números da pesquisa da Superdata é que, se o processo de checkout é simples, seguro e intuitivo, a chance de o consumidor se tornar fiel é muito maior – o que significa mais compras online e um mercado ainda mais pujante” – Thiago Chueiri, diretor de Desenvolvimento de Negócios do PayPal Brasil.
Informações adicionais
Com 66,3 milhões de gamers e uma movimentação de US$ 1,3 bilhão em 2017, o Brasil é o principal mercado de jogos da América Latina e o décimo terceiro no ranking mundial, conforme números da Newzoo, confirmados pela Abragames, Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais.
Também de acordo com a Abragames, o perfil do gamer vem mudando ao longo dos anos no País, com crescimento expressivo no número de jogadoras, que hoje já são 41% do total no Brasil.
(*) Metodologia: esta pesquisa foi realizada de maneira 100% digital entre os meses de fevereiro e março de 2018, em 25 países e com aproximadamente 25 mil consumidores. Ela foi respondida somente por maiores de 18 anos.
Comments